Estimados Colegas Educadores:
O presente texto veio em minhas mãos por volta de 1996. De início, causou-me certo incômodo. Depois, fui procurando ler a biografia do autor, bem como seu contexto. Confrontando com minha realidade e, buscando outros textos do mesmo autor, convenci-me de que ele estava certo.
Procurem ler este texto em seu contexto original: segunda metade do século XIX, em uma Turim que via muitos jovens-imigrantes perambulando em busca de trabalho quase escravo; do outro lado, um membro da igreja, então detentora de privilégios, rompendo com uma prática pedagógica exclusivista e de castigos físicos, procurando acolher e profissionalizar esses jovens, comprando briga com seus superiores e muita gente importante da época.
Deixemos de lado nossos credos ou descrenças e o fato de estarmos em um Estado laico. Procuremos ver as razões desse educador em seu tempo, bem como o que ele faria se estivesse conosco, em nosso contexto. Muitos outros agiram como ele, mas o detalhe de um padre agir assim, naquele tempo e contexto, é muito curioso.
Que o presente texto, que tanto me ajudou em minha caminhada profissional, possa colaborar também com meus colegas-educadores os quais, tenho certeza, sabem que antes de lidarmos com conteúdos, habilidades e documentações, lidamos com o ser humano em todas as suas dimensões e necessidades.
Fica também a sugestão de complementar esta leitura com o texto “Carta de Roma”, o qual mostra detalhes importantes da prática e pensamento do educador João Bosco. Caso queiram, poderão achá-lo em:
O presente texto veio em minhas mãos por volta de 1996. De início, causou-me certo incômodo. Depois, fui procurando ler a biografia do autor, bem como seu contexto. Confrontando com minha realidade e, buscando outros textos do mesmo autor, convenci-me de que ele estava certo.
Procurem ler este texto em seu contexto original: segunda metade do século XIX, em uma Turim que via muitos jovens-imigrantes perambulando em busca de trabalho quase escravo; do outro lado, um membro da igreja, então detentora de privilégios, rompendo com uma prática pedagógica exclusivista e de castigos físicos, procurando acolher e profissionalizar esses jovens, comprando briga com seus superiores e muita gente importante da época.
Deixemos de lado nossos credos ou descrenças e o fato de estarmos em um Estado laico. Procuremos ver as razões desse educador em seu tempo, bem como o que ele faria se estivesse conosco, em nosso contexto. Muitos outros agiram como ele, mas o detalhe de um padre agir assim, naquele tempo e contexto, é muito curioso.
Que o presente texto, que tanto me ajudou em minha caminhada profissional, possa colaborar também com meus colegas-educadores os quais, tenho certeza, sabem que antes de lidarmos com conteúdos, habilidades e documentações, lidamos com o ser humano em todas as suas dimensões e necessidades.
Fica também a sugestão de complementar esta leitura com o texto “Carta de Roma”, o qual mostra detalhes importantes da prática e pensamento do educador João Bosco. Caso queiram, poderão achá-lo em:
SEMPRE TRABALHEI COM AMOR
Antes de mais nada, se queremos ser amigos do verdadeiro bem dos nossos alunos e levá-los ao cumprimento de seus deveres, é indispensável jamais vos esquecerdes de que representais os pais desta querida juventude. Ela sempre foi o terno objeto dos meus trabalhos, dos meus estudos e do meu ministério sacerdotal; não apenas meu, mas da cara congregação salesiana.
Quantas vezes, meus filhinhos, no decurso de toda a minha vida, tive de me convencer desta grande verdade! É mais fácil encolerizar-se do que ter paciência, ameaçar uma criança do que persuadi-la. Direi mesmo que é mais cômodo, para nossa impaciência e nossa soberba, castigar os que resistem do que corrigi-los, suportando os com firmeza e suavidade.
Tomai cuidado para que ninguém vos julgue dominados por um ímpeto de violenta indignação. É muito difícil, quando se castiga, conservar aquela calma tão necessária para afastar qualquer dúvida de que agimos para demonstrar a nossa autoridade ou descarregar o próprio mal humor.
Consideremos como nossos filhos aqueles sobre os quais exercemos certo poder. Ponhamo-nos a seu serviço, assim como Jesus, que veio para obedecer e não para dar ordens; envergonhemo-nos de tudo o que nos possa dar aparência de dominadores; e se algum domínio exercemos sobre eles, é para melhor servirmos.
Assim procedia Jesus com seus apóstolos; tolerava-os na sua ignorância e rudeza, e até mesmo na sua pouca fidelidade. A afeição e a familiaridade com que tratava os pecadores eram tais que em alguns causava espanto, em outros escândalo, mas em muitos infundia a esperança de receber o perdão de Deus. Por isso nos ordenou que aprendêssemos dele a ser mansos e humildes de coração.
Uma vez que são nossos filhos, afastemos toda cólera quando devemos corrigir-lhes as faltas ou, pelo menos, a moderemos de tal modo que pareça totalmente dominada.
Nada de agitação de ânimo, nada de desprezo no olhar, nada de injúrias nos lábios; então sereis verdadeiros pais se conseguirem uma verdadeira correção.
Em determinados momentos muito graves, vale mais uma recomendação a Deus, um ato de humildade perante ele, do que uma tempestade de palavras que só fazem mal a quem as ouve e não e não tem proveito algum para quem as merece.
João Bosco nasceu perto de Castelnuovo, na diocese de Turim, em 1815.Teve uma infância sofrida. Ordenado sacerdote, consagrou todas as suas energias à educação da juventude, para formá-la na prática da vida cristã e no exercício de uma profissão. Com essa finalidade, fundou as Congregações: Sociedade São Francisco Sales (Salesianos) e Sociedade Filhas de Maria Auxiliadora. Fundou as escolas e a editora Salesiana, escreveu diversos opúsculos para proteger a religião católica. Morreu no dia 31 de janeiro de 1888, sendo canonizado por Pio XI em 1934. Sua pedagogia era baseada na alegria e no amor e foi o autor do método preventivo, numa época onde prevalecia as punições e castigos físicos aos alunos. Preocupou-se coma educação e profissionalização,sobretudo dos jovens mais pobres. Dai ser proclamado Padroeiro da Juventude.
(Fonte: blog não oficial – singela homenagem http://domboscoeducador.blogspot.com/)
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