Abro este blog com uma polêmica não resolvida:
Qual o papel da Escola, qual o papel da Família e até onde uma poderá auxiliar a outra sem interferências negativas?
Pode parecer uma questão inoportuna em uma época na qual a escola está (ou deveria) abrindo-se à participação comunitária, mas faz-se necessária, uma vez que cada parte tem suas funções específicas e insubistituíveis: a escola jamais poderá substituir a família e vice-versa. Deve ser um trabalho de parceria mútua e não de substituição de papeis.
Os valores mínimos de convivência devem (ou deveriam) ser iniciados na Família para a Escola aproveitá-los para desenvolver a aprendizagem formal e socialização da criança. É exatamente aqui o primeiro nó: por inúmeros motivos a Família está delegando esta função para a Escola. Falta de tempo? Mas não teria um minutinho para perguntar ao filho se está tudo bem?
Outro extremo tem ocorrido com freqüência: Famílias super-protetoras querem avançar na função formal da escola, com boa ou à vezes má intenção, interfererindo no trabalho pedagógico. Aqui é importante distinguir entre opinar e participar ativamente da vida da Escola e do Escolar e interferir pejorativamente na ação educativa, sem dialogar com a Escola e pondo abaixo a competência da Escola e do Professor.
Opinar e participar ativamente da vida da Escola e do Escolar (aluno) é de primordial importância, pois Família e Escola devem procurar juntas caminhos para a aprendizagem e socialização do aluno (claro que cada um respeitando as competências do outro). Mas pejorar o papel da Escola e do Professor é a prinicpal forma de incutir no aluno que ele não deve confiar na Escola, nem aceitar normas de convivência desta e da Sociedade (lembre-se que a Escola é a "entrada" do aluno nas instituições sociais). E ai, o que podemos esperar? Cidadão de bem ou parasita social?
E o que falar das famílias que, mesmo pensando no bem de seu filho ou pupilo, espanca para que se comporte? Essa criança só aprenderá a linguagem da violência física. E a Escola e as diversas intituições sociais usam esse tipo de linguagem? Quer dizer que a criança só respeitará o outro se este lhe espancar? Não será capaz de acolher e entender a linguagem do amor. Que cidadão será ele? Que fará com o outro: na escola, na rua, no emprego, no trânsito?
Para finalizar esta conversa inicial, o que falar do voluntariado na Educação? Se ele for para compartilhar idéias e ações positivas, se for para caminhar junto, tudo bem. Mas se for para sanar uma deficiência estrutural do Sistema ou se for mera intromissão negativa, deve ser abolido. Aliás colocação bem semelhante eu tive oportunidade de ver em uma entrevista que o grande Educador Antonio Novoa, de Portugal, concedeu em uma teleconferência do curso PEC-Formação Univesitária, do Governo Paulista (pena que não conservei comigo nenhum link ou material correspondente).
Espero estar colaborando com o início de uma reflexão salutar.
Abraços a todos.
João César (pode divulgar livremente, desde que na íntegra e citando a fonte).
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