Viver em sociedade  pressupõe uma série de coisas, dentre as quais, saber conviver com o  outro, respeitando-o da mesma forma que gostaria de ser respeitado. E,  para haver esse respeito mútuo, existem as regras de convivência.
 
Para que as regras de  convivência sejam respeitadas por todos deve-se haver disciplina, que  não deve ser confundida com medo, terror. Pois quem tem medo, respeita  somente sob pressão; ausente a situação que impõe medo, já deixa de  respeitar. Disciplina é algo que vai além, cria condições de organização  e observância, de tal forma que o respeito ocorre independente da  situação.
Deve haver disciplina em  tudo na vida: no trabalho, na vida de fé, no lazer e em todos os  ambientes dos quais participamos. Sem disciplina, há bagunça e  desrespeito: faz-se somente o que quer e como quer, independente de  prejudicar ou não os outros.
 
Quem ama educa, quem  educa põe disciplina. Há pouco, cheguei da Missa Dominical em uma  comunidade vizinha, na qual o Padre falava sobre a disciplina na fé  (usando exatamente essa diferenciação entre disciplina e medo, que expus  acima), uma vez que o Evangelho desta Missa (Lucas 14, 25-33) trata dos  critérios que devemos ter em disciplinar nossa vida de fé, elegendo  prioridades e planejamentos. Não sei se é porque havia criança  barulhenta na porta da igreja, o Padre, ótimo pedagogo (como muitos o  são em sua família religiosa) citou o exemplo da disciplina da criança,  contando o caso de uma menina pequena que corria por uma loja e  respondeu de forma grosseira à bronca de sua mãe. Concluiu o jovem  pároco que se não pusermos disciplina em nossos filhos estaremos criando  e alimentando monstrinhos, pois amar é educar, é mostrar limites, é  disciplinar.
Fiquei pensando nas  palavras desse sacerdote, comparando à situações de tantas crianças e  adolescentes. Será que eles têm quem, de fato, os ame, a ponto de  mostrar-lhes limites, disciplina? Ou será que, em nome de um falso amor,  que tem medo de magoar, tolera tudo, sem disciplina? Foi sobre esse  falso amor, que tem medo de magoar, criar traumas, que o padre também  tratou em sua homilia.
 
Deus nos ama, cuida de  nós, nos educa. E nós, amamos nossos jovens, a ponto de educa-los  também?!? Ou é mais fácil deixá-los crescer sem limites e lamentarmos  sua sorte depois, dizendo que os jovens de hoje não prestam?
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05 setembro, 2010
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