ATENÇÃO: Blog sem vínculos institucionais! Instrumento particular do Professor.

DESTAQUES DO BLOG:

Presença Educativa => Abertura, reciprocidade e compromisso: pilares da Pedagogia da Presença, o resgate do relacionamento humano.

Sobrevivência Docente => Breve histórico da decadência de nossa profissão e algumas dicas para sobreviver - leia o texto inteiro, antes de mais nada.

Bullying => Sugestões de links para tratar desse assunto de forma séria e urgente. Não pode-se ignorar, nem deixar para depois.

Projeto particular PAZ EDUCA (pazeduca.pro.br): O que é || Site || Partes

07 abril, 2011

Tragédias diárias

Não me assustou a matança ocorrida na escola carioca na manhã de 07 de abril de 2011. Já vinha sendo anunciada há anos, não somente ali, como em qualquer escola de qualquer parte do Brasil.


Essa e as próximas tragédias são anunciadas pelas atitudes e omissões. Como estamos nos relacionando dentro das instituições educativas? Qual a qualidade desses relacionamentos? Quais cuidados temos em abordar e atender as pessoas? (atitudes extremamente abertas ou fechadas são, igualmente, perigosas).


E da parte das autoridades, quais são as prioridades: números expressos em proficiência de provas institucionais ou qualidade de atendimento e relacionamentos intra e extra escolar? Atendimento efetivo das necessidades da pessoa humana ou assistencialismo, que as tornam dependentes? Suprimento de recursos físicos e humanos para atender as demandas educativas ou oneração de funções dos educadores? Atendimento integral e efetivo ou discursos bonitos?


As respostas, de forma honesta a essas perguntas, deixarão claro que estamos sentados sobre um grande barril de pólvora prestes a explodir.


Com a palavra: nossas autoridades e todos nós!

26 janeiro, 2011

Filho de politico na escola publica?

Recebi, de uma amiga, um texto muito interessante sobre o projeto do senador Buarque, que trata da possível obrigatoriedade da matrícula de filhos de políticos em escola pública. Por trás de algo interessante, há questões não muito claras.


Esta minha amiga, com sua experiência de Educadora na Rede Pública há 35 anos, bem como seu amor por tudo o que faz, esclarece-nos muitas coisas que há por trás de uma idéia aparentemente boa.


Por sugestão dela, publico aqui a resposta que ela deu a uma conhecida, sobre esse projeto.


Vale à pena conferir.


Antes, agradeço a querida professora e coordenadora pedagógica, agora aposentada, Professora Abigail Silva, por nos brindar com este excelente texto.




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"Li esta obrigatoriedade dos políticos colocarem seus filhos na escola pública e achei foi engraçado, pois o problema não é a escola pública, mas os valores desta outra sociedade que "surgiu" dentro da "nossa"... o Drauzio Varella clareia bem ela no livro "Carandirú"...e que frequenta a tal escola pública que dizem não ter qualidade.

Trabalhei nela por quase 35 anos e a acho maravilhosa, e os profissionais são os mesmos que trabalham também na maioria das escolas particulares. A diferença está exatamente na sociedade que cada uma atende, digo nos valores culturais de cada uma delas. Daí minha amiga não dá pra fazer chita (que eu adoro) virar seda, concorda? Um vestido de noiva de idêntico modelo, um de chita e outro de seda não tem jamais o mesmo caimento, não é? Então são matérias primas diferentes. Um serve pra casar e o outro pra dançar nas festas culturais do nordeste...cá pra nós, acho que a 2ª opção é mais divertida...eu quero um vestido de chitaaaaaa.

Quanto ao Cristovão (gosto muito dele, pois suas falas me provocam) ele fala de um local de onde nunca esteve: na escola pública de ensino básico. Não na escola seletiva q ele provavelmente estudou e eu também. Falo da escola para todos, esta de hoje, a que todos tem direito, aberta ao público, sem seletividade.  Na USP não vale, pois lá estão as "melhores" cabeças, lá lida-se com a elite (raras exceções) que tem acesso, ou sabe acessar o mundo através de livros, internet...são os melhores estudantes, não é?

Na escola pública se lida com o fruto da sociedade escrita pelo Drauzio Varela, aquela que ele tão bem conheceu, pois conviveu voluntariamente anos a fio com a mesma. Aquela excluída de tudo, de conforto, de carinho, de laser,... com acesso a tudo que não deveria...drogas, além da violência desde a barriga que o concebeu...

Aí querem que a gente, professo,r faça milagre e transforme esta matéria prima em ouro... e olha que a gente até consegue algumas e boas petitas com um trabalho árduo, penoso mesmo. 

Os que estão lá na escola pública já são pra nós (professores da escola pública) HERÓIS, pois conseguiram chegar até lá sobrevivendo ao "mundo cão" que é oferecido para eles desde a hora da concepção. Então terminar um 9º ano pra nós que convivemos com eles, por 8, 9 anos ou mais e sofremos as misérias que cada um trás consigo no dia-a-dia, é motivo de muita festa.

São duas sociedades tentando conviver no mesmo espaço...a elite dominante não quer saber desta outra sociedade e quer que a gente professor faça a transformação, que eles pulem da canoa feita de tronco velho, corroído pelo cupim para o navio deles e ainda saibam pilotar com maestria. 

Como isto não vai acontecer nunca, então tem que achar o culpado...a escola pública não presta...mais precisamente, nós professores somos um lixo.

Não é esta a realidade, e se fosse, a tal educação continuada e a formação em serviço que eles oferecem nas escolas já teria resolvido o problema.

E as ONGs? Já viu quantas ONGs tem no mundo, no Brasil, em São Paulo, na nossa cidade???? Elas não vieram pra fazer a diferença, pra mudar a história deste povo sofrido, fazer com que eles acessem o navio??? Então, cadê o retorno disto? E olha que tem muitas ONGs sérias, que não são de fachadas e normalmente são dirigidas pela elite dominante de nosso país. 

Então minha amiga eu não vou passar este texto divertido para frente, pois não concordo com o que lá está posto. Além do que a lei, é anti-democrática, pois tira o direito da pessoa optar, escolher...

Mas te agradeço por ele, pois me fez relembrar de todas, quase todas as crianças e adolescentes, pais, mães, pessoas que passaram por mim nestes 35 anos de labuta na escola pública e que me fizerem ser mais gente... a eles devo muito dos meus valores hoje, a eles devo o respeito que tenho pelo ser humano, que me comove só no olhar... 

Foi a convivência como aluna na escola pública seletiva e como profissional do ensino na escola pública, mais uns safanões  e uns castigos caseiros, mais um monte de livros,  que me fizeram virar esta guerreira e me fazem carregar até hoje a bandeira pela qualidade de vida."

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06 janeiro, 2011

Video: Não desista nunca

Abrindo o ano de 2011, proponho a todos a mensagem deste vídeo. Dura pouco mais de 3 minutos, assista até o fim - entenderá porque recomendo!


Créditos do vídeo: Educardo Bacelo Wezka.
Link original: http://www.youtube.com/watch?v=2z9qQUw-SE0 
Acessado em 06 de janeiro de 2011.

08 dezembro, 2010

Há 169 anos atrás

Há 169 anos atrás, em 08 de dezembro de 1841, um jovem sacerdote italiano acolhia um adolescente órfão e analfabeto, que tinha sido enxotado pelo sacristão.


Em uma conversa sincera, com um sinal da cruz e uma Ave Maria, iniciou-se uma grande obra educativa, que espalhou-se pelo tempo e espaço, influenciando e mudando a vida de milhões de pessoas. E tudo começou com ACOLHIDA, DIÁLOGO E ORAÇÃO.


Estou falando de Dom Bosco, que na presente data acolheu, dialogou, orou e ensinou o jovem Bartolomeu. Este, trouxe, na semana seguinte, outros em situação semelhante. A estes juntaram-se outros. Eram centenas.


Que belo exemplo esse de Dom Bosco! Deve ser repetido por muitos por este mundo, se quisermos de fato que o jovem seja protagonista.


Aproveito para celebrar também a conclusão de um vídeo, que a direção da escola na qual trabalho, me encomendou, como síntese dos momentos que estivemos juntos à nossos educandos neste primeiro ano da história da nossa escola.


Que Dom Bosco continue a nos iluminar e a dar o exemplo de como educar nossas crianças e nossos adolescentes. De forma simples, mas atuante.


Afinal, prestaremos contas a Deus pelo que fizemos a cada um desses pequenos confiados a nós.


João César

25 novembro, 2010

BRINCADEIRA ≠ BULLYING

BRINCADEIRA ≠ BULLYING
BRINCADEIRA  BULLYING
BRINCADEIRA: 
- Todos se divertem do mesmo jeito.
- Ninguém se diverte com prejuízo ao outro.
BULLYING:
- A diversão de um prejudica o outro.
- Provocar, ameaçar, pegar as coisas dos outros, ofender, agredir, invadir espaço e privacidade.
O QUE ACONTECE COM OS ENVOLVIDOS:
1)Conversa com os envolvidos.
2)Conversa com os familiares.
Nessas duas etapas, 70% dos problemas são resolvidos.
Palavras chaves: diálogo, respeito.
Nos 30% não resolvidos, autoridades externas ao ambiente escolar tomam as decisões, na forma da lei:
3)Medidas socioeducativas (acompanhamento psicológico, médico, social, pedagógico e jurídico aos envolvidos e familiares).
4)Prestação de serviços comunitários.
5)Internação ou Liberdade Assistida.
E ai, o que você prefere?
A decisão é tua!
Proposta de leitura compartilhada:
“Bela”, de Julio Emilio Braz (Paulinas Editora). Narra a história de uma garota que era admirada por muitos e invejada por alguns. Como era constantemente provocada por uma colega invejosa e a tragédia que ocorreu por causa dessas provocações.


Colaboração de Professor João César.
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