ATENÇÃO: Blog sem vínculos institucionais! Instrumento particular do Professor.

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Sobrevivência Docente => Breve histórico da decadência de nossa profissão e algumas dicas para sobreviver - leia o texto inteiro, antes de mais nada.

Bullying => Sugestões de links para tratar desse assunto de forma séria e urgente. Não pode-se ignorar, nem deixar para depois.

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25 novembro, 2009

Contado Pesado Dividido

"Você não glorificou o Deus em cujas mãos está a sua vida e todo o seu caminho. Por isso, Deus mandou essa mão escrever isso. Eis o que está escrito: ‘Contado, pesado, dividido’. A explicação é a seguinte: ‘Contado’: Deus contou os dias do seu reinado e já marcou o limite. ‘Pesado’: Deus pesou você na balança e faltou peso. ‘Dividido’: o seu reino será dividido e entregue aos medos e persas".

(Profecia de Daniel capítulo 5, versículos 23-28)

MÂNE, TÉCEL, PÁRSIN = Contado, Pesado, Dividido.


Essas palavras, escritas por mão misteriosa após um certo rei ter feito coisas erradas, passou para a história como sinal de algum domínio que está por acabar.


Do Profeta Daniel, antes de Cristo, para os dias atuais: dedico essas palavras MÂNE - TÉCEL - PÁRSIN, a todos aqueles e aquelas que usam do poder da comunicação para proveito próprio e prejuízo dos outros.

Lembro novamente que o Educador (seja ele docente, "cuidador", orientador ou gestor) é um comunicador e, como tal, não pode usar da palavra para deformar - sim formar, edificar.


Anjos e demônios existem - e são de carne e osso, podem ser qualquer um de nós, sobretudo Educadores e Comunicadores, na medida em que:

Anunciamos (mensageiros) e conduzimos para o bem comum = anjos;

Dividimos, separamos, tornamo-nos adversários, pedra de tropeço = demônio.

Entendam como queiram, a mensagem está dada.


18 novembro, 2009

18 de novembro de 2009 - PROVA S. PAULO

"Elas (as pessoas grandes) adoram os números.
Quando a gente lhes fala de um novo amigo, as pessoas grandes jamais se interessam em saber como ele realmente é.

Não perguntam nunca:
Qual o som da sua voz?
Quais brinquedos ele prefere?
Será que ele coleciona borboletas?

Mas perguntam:
Qual é a sua idade?
Quantos irmãos ele tem?
Quanto pesa?
Quanto ganha seu pai?'

Somente assim é que julgam conhecê-lo.

Se dizemos às pessoas grandes:
Vi uma bela casa de tijolos cor de rosa, gerânios na janela, pombas no telhado...,
elas não conseguem, de modo algum, fazer uma ideia da casa.

É preciso dizer-lhes:
Vi uma casa de seiscentos mil reais.

Então elas exclamam:
Que beleza!"
Sainte-Exupéry, O Pequeno Príncipe.


Com esse pequeno, mas profundo trecho do livro "O Pequeno Príncipe", quero lembrar que os alunos fizeram hoje (18/11/2009) a segunda e última etapa da Prova São Paulo.

Como coloquei ontem, não sou contra a prova em si, mas tenho muitos temores se os resultados dessa prova institucional servirem apenas para quantificar aprendizados, ignorando as relações humanas imprescindíveis no processo ensino-aprendizagem.

Caso isto ocorra, estaremos sendo frios e ignorantes, como as pessoas grandes que Exuperi cita com propriedade em seu clássico livro: iremos valorizar somente o aluno que sabe muitas coisas, independente de levar em conta o que ele faz com isso; respeitar somente a escola e o professor cuja turma tenha alto índice na avaliação, independente de como chegaram a esse número.

Caso ainda não tenha lido, faça-o agora: o início desta conversa no tópico de ontem:
http://cotidianoescolar.blogspot.com/2009/11/prova-s-paulo-17-de-novembro-de-2009.html

Sei perfeitamente que uma prova não pode (nem teria como) avaliar relacionamentos humanos, nem o fato emocional do aluno naquele momento (pode saber, mas errar; pode não saber, mas dar sorte de escolher a resposta certa).

Existem coisas muito faladas, mas pouco valorizadas na Educação, como a inteligência emocional e as inteligências múltiplas. Onde elas poderiam ser avaliadas institucionalmente?

E aqueles momentos de confraternização, nos quais entram várias habilidades dos alunos, sem as quais não há condições de festa - entram em qual questão da prova? E olha que tivemos experiências muito interessantes neste ano, desde a festa de aniversário dedicada à ex professora da turma, até mesmo a festa do dia das bruxas - ambas organizadas e levadas adiante exclusivamente pelos alunos, sem quaisquer tipos de problemas e aborrecimentos. Em especial, a festa do dia das bruxas mostrou um fato inesperado por muitos educadores da Unidade: intercâmbio e colaboração entre a turma (quarto ano) e alguns alunos dos sétimos e oitavos anos.

E os momentos nos quais os alunos foram capazes de autogerirem seus problemas? E os casos de bullying resolvidos exclusivamente no diálogo? E aqueles alunos que, de repente, foram capazes de superar suas defasagens, superando todas as expectativas?

Repito: não sou contra avaliações institucionais, elas servem de parâmetros para retomadas pedagógicas. Mas elas são incapazes de avaliar grandes conquistas ocorridas no ambiente de aprendizagem.

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Conectado com o Professor João César:

http://aulanossa.blogspot.com/ => Fique conectado com as aulas do Professor João César - São Paulo (SP) - Brasil. Transparência verdadeira e não demagógica é permitir que a Comunidade Escolar acesse as aulas e interaja com elas.

http://cotidianoescolar.blogspot.com/ => Ideias e opiniões de fatos do dia a dia escolar. Espaço reservado a uma nova forma de ver o cotidiano escolar.

Destinado somente a Educadores, Educandos e respectivos familiares; mensagens anônimas serão ignoradas.

17 novembro, 2009

Prova S. Paulo - 17 de novembro de 2009

Neste dia os alunos estão realizando a primeira etapa da Prova São Paulo, avaliação institucional para medir o nível de aprendizagem dos alunos de todas as escolas da Prefeitura de São Paulo.

Essa avaliação é muito importante para redirecionar as metas das escolas, de acordo com o índice de seus alunos.

Isso é muito positivo. Lamentável seria ficar somente nesse instrumento institucional e ignorar que existe o lado humano dentro das escolas, que a educação não se faz somente por conteúdos e metas a serem atingidas. Claro que conteúdos e metas são imprescindíveis, mas colocá-los em único plano, ignorando a qualidade dos relacionamentos humanos dentro e fora da Unidade Educacional, é um tiro no pé, pois quem dá sustentação a Escola enquanto instituição são exatamente as pessoas que nela atuam: educadores, educandos, comunidade escolar e comunidade local.

Como nenhuma prova institucional mede essa qualidade de relacionamento humano de forma direta, o mesmo pode ficar "esquecido" no dia a dia. Vale lembrar que alunos bem tratados, aprendem mais; professores bem tratados e respeitados têm ânimo e gosto por aquilo que fazem; familiares bem tratados sentem confiança e acreditam no trabalho da escola. Isto não pode ser perdido de vista, pois poderá determinar - ou não, a qualidade dos resultados da Prova São Paulo. Mesmo porque o contrário também vale: alunos mal tratados aprendem menos; professores desrespeitados não sentem gosto pelo que fazem; familiares mal tratados veem a escola como invasora de seu espaço, não como parceira.

Espero que eu tenha sido bem claro em minhas colocações - quem me conhece pessoalmente não tem o direito de se fazer de desentendido.

Sendo assim, boa sorte a todos - e bom senso e criticidade no uso dos resultados obtidos a partir dessa avaliação institucional.


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Conectado com o Professor João César:

http://aulanossa.blogspot.com/ => Fique conectado com as aulas do Professor João César - São Paulo (SP) - Brasil. Transparência verdadeira e não demagógica é permitir que a Comunidade Escolar acesse as aulas e interaja com elas.

http://cotidianoescolar.blogspot.com/ => Ideias e opiniões de fatos do dia a dia escolar. Espaço reservado a uma nova forma de ver o cotidiano escolar.

Destinado somente a Educadores, Educandos e respectivos familiares; mensagens anônimas serão ignoradas.

08 novembro, 2009

tres peneiras




Texto original, do filósofo Sócrates:

Augustus procurou Sócrates e disse-lhe:

- Sócrates, preciso contar-lhe algo sobre alguém! Você não imagina o que me contaram a respeito de...

Nem chegou a terminar a frase, quando Sócrates ergueu os olhos do livro que lia e perguntou:

- Espere um pouco Augustus. O que vai me contar já passou pelo crivo das três peneiras?

- Peneiras? Que peneiras?

- Sim. A primeira, Augustus, é a da verdade. Você tem certeza de que o que vai me contar é absolutamente verdadeiro?

- Não. Como posso saber? O que sei foi o que me contaram!

- Então suas palavras já vazaram a primeira peneira. Vamos então para a segunda peneira: a bondade. O que vai me contar, gostaria que os outros também dissessem a seu respeito?

- Não, Sócrates! Absolutamente, não!

- Então suas palavras vazaram, também, a segunda peneira. Vamos agora para a terceira peneira: a necessidade. Você acha mesmo necessário contar-me esse fato, ou mesmo passá-lo adiante? Resolve alguma coisa? Ajuda alguém? Melhora alguma coisa?

- Não, Sócrates... Passando pelo crivo das três peneiras, compreendi que nada me resta do que iria contar.


E Sócrates sorrindo concluiu:

- Se passar pelas três peneiras, conte! Tanto eu, quanto você e os outros iremos nos beneficiar. Caso contrário, esqueça e enterre tudo. Será uma fofoca a menos para envenenar o ambiente e fomentar a discórdia entre irmãos. Devemos ser sempre a estação terminal de qualquer comentário infeliz! Da próxima vez que ouvir algo, antes de ceder ao impulso de passá-lo adiante, submeta-o ao crivo das três peneiras porque:


Pessoas sábias falam sobre ideias;

Pessoas comuns falam sobre coisas;

Pessoas medíocres falam sobre pessoas.



(recebido, há tempos, por e-mail)


Uma versão (dentre várias) divulgada em vários livros, sites e e-mails:

Olavo foi transferido de projeto. Logo no primeiro dia, para fazer média com o novo chefe, saiu-se com esta:

– Chefe, o senhor nem imagina o que me contaram a respeito do Silva. Disseram que ele ...

Nem chegou a terminar a frase, Juliano, o chefe, aparteou:

– Espere um pouco, Olavo. O que vai me contar já passou pelo crivo das três peneiras?

– Peneiras? Que peneiras, Chefe?

– A primeira, Olavo, é a da
VERDADE. Você tem certeza de que esse fato é absolutamente verdadeiro?

– Não. Não tenho, não. Como posso saber? O que sei foi o que me contaram Mas eu acho que...

E, novamente, Olavo é interrompido pelo chefe:

– Então sua história já vazou a primeira peneira. Vamos então para a segunda peneira que é a da
BONDADE. O que você vai me contar, gostaria que os outros também dissessem a seu respeito?

– Claro que não! Deus me livre, Chefe! – diz Olavo, assustado.

– Então, – continua o chefe – sua história vazou a segunda peneira. Vamos ver a terceira peneira, que é a da
NECESSIDADE. Você acha mesmo necessário me contar esse fato ou mesmo passá-lo adiante?

– Não chefe. Passando pelo crivo dessas peneiras, vi que não sobrou nada do que eu iria contar - fala Olavo, surpreendido.

– Pois é Olavo. Já pensou como as pessoas seriam mais felizes se todos usassem essas peneiras ? – diz o chefe sorrindo e continua: – Da próxima vez em que surgir um boato por ai, submeta-o ao crivo dessas três peneiras:
Verdade - Bondade - Necessidade, antes de obedecer ao impulso de passa-lo adiante, porque:


PESSOAS INTELIGENTES FALAM SOBRE IDÉIAS

PESSOAS COMUNS FALAM SOBRE COISAS

PESSOAS MEDÍOCRES FALAM SOBRE PESSOAS


= = = = = = = = = = = = = =

"Vocês já sabem, meus queridos irmãos: cada um seja pronto para ouvir, mas lento para falar, e lento para ficar com raiva, porque a raiva do homem não produz a justiça que Deus quer. Se alguém pensa que é religioso e não sabe controlar a língua está enganando a si mesmo, e sua religião não vale nada."


(Carta de S. Tiago cap. 1, vers. 19 - 20 e 26.)
Veja também: cap. 3, vers. 1 ao 12.

01 novembro, 2009

Vida de Gado em Sao Paulo - Video



Independente de convicções filosóficas e políticas, vale à pena ver este vídeo (postado no Youtube, link original: http://www.youtube.com/watch?v=wJGuwmpKFmk ).


Com certeza, outros governantes, outros partidos, não fariam diferente.


A culpa? Nossa, que votamos e não cobramos de quem votamos.
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